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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mais provas da roubalheira (mas só para quem quer enxergar)

Não importa quantas provas existam contra um prefeito; se o eleitor não quiser vê-las, elas de nada valem. O político continua sendo reeleito.

Não importa quantas provas existam contra um prefeito; se os vereadores não quiserem vê-las, elas de nada valem.

Essa cegueira tem acometido Bom Despacho: os eleitores, por três vezes, elegeram Haroldo Queiroz. Já os vereadores, até o momento se recusaram a olhar as provas que há contra o prefeito.

Mesmo assim, insisto em continuar trazendo as provas. Hoje trago mais uma. Trata-se do Relatório da tomada de conta especial feita pela CODEVASF. Mais uma vez ficou demonstrado: o prefeito Haroldo de Sousa Queiroz desviou dinheiro público. Para ler o relatório completo, assinado pela comissão que apurou o desvio, CLIQUE AQUI (a qualidade gráfica não é boa, mas dá para ler).

Na reunião da Câmara de hoje à noite (22/8) levarei mais essa prova aos vereadores. Cada um receberá uma cópia.

Também lerei para eles a seguinte crônica de José Bento Teixeira de Salles, publicada no Estado de Minas de 16/8/2011:

Em crônica estupenda, Gustavo Corção narrou a história de um diálogo entre um adversário e um defensor de Paulo Maluf. O primeiro enumerava fatos que comprovavam o condenável  comportamento moral do ex-prefeito de São Paulo e o segundo fazia a defesa e apresentava justificativas para as atitudes do político paulista.
A discussão prosseguia até que o admirador de Paulo Maluf,, já sem melhores argumentos, saiu pela tangente: “Ele furta mas constrói. Além disso,, nada foi provado contra ele”.
Diante da afirmativa, não havia outra refutação a não ser contar a história de um homem que, impiedosamente traído pela esposa, e alertado por uma amigo, preparou-se para comprovar a denúncia.
Certo dia, o amigo pediu-lhe noícias. Travou-se então o seguinte diálogo:
– Você sabe de uma coisa? Às escondidas, vi minha mulher sair de casa e entrar num carro na esquina.
– Então você conseguiu o flagrante?
– Não. Era preciso ter prova. O carro arrancou, eu segui atrás. Lá pelas tantas, ele parou na porta de um motel.
– Ah, foi a prova que você procurava, né?
– Não, meu caro. Um carro parado não quer dizer nada. Já lhe disse que eu precisava de uma prova irrefutável. Eles entraram no motel e eu, sempre sem ser visto pelos dois, segui-lhes os passos. Pouco depois eles entraram juntos em um quarto.
– Aí então você teve a prova comprovada.
– Não lhe digo nada. Tive tanto azar que ao olhar pela fechadura, vi o homem tirar o paletó e dependurá-lo na maçaneta da porta. Assim, nada pude provar.


A lembrança da crônica de Corção é válida porque nunca se furtou tanto quanto nos dias atuais. E todos os acusados permanecerão livres, porque o paletó da proteção está dependurado na fechadura do opróbio oficial.



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