Onde há concurso há boatos. Alguns são produtos da perversidade humana. São criados por desocupados que querem ver os candidatos angustiados. Outros, porém, nascem de interesses escusos. Vêm de apadrinhados e de padrinhos que querem ocupar os cargos como sinecuras fundadas em interesses eleitorais e familiares.
O concurso da Câmara não é diferente.
Desde que o Ministério Público exigiu que ele fosse realizado, em meados de 2008, os interesses escusos estão em ação. Tentam impedi-lo ou pelo menos adiá-lo.
São forças diabólicas tentando puxar o tapete dos cidadãos.
Quando tomei posse, o presidente da Câmara me deu a difícil mas honrosa tarefa de ajudar na realização do concurso. Desde então tenho me dedicado com afinco. De um lado, porque a Câmara precisa cumprir sua obrigação constitucional de nomear servidores aprovados em concurso público. De outro lado, porque a Câmara precisa de servidores de carreira. Gente que tenha a tranquilidade de saber que os vereadores são passageiros, mas a função do Legislativo é permanente.
Esse concurso tem quase oitocentos inscritos. Dentre eles, treze entrarão para o serviço público pela porta da frente. São pessoas que estudaram, se esforçaram e agora estão próximas de colherem os frutos do seu trabalho. Mas precisam ficar atentas para que não sejam prejudicadas pelos boateiros que querem fazer com que tudo permaneça como está.
Os candidatos não devem deixar que a malevolência dos interesses contrariados lhes causem angústias. É isso que eles querem.
Anulação?
Em todo concurso surgem pregadores do apocalipse falando em anulação. Geralmente são fuxicos. Concursos não são anulados só porque alguns contrariados bufam e esperneiam.
Concursos só são anulados quando as irregularidades são graves e comprovadamente beneficiam alguns candidatos em detrimento de outros. Fora disso, não há hipótese.
Mandado de segurança
Na tarde de quinta-feira (23/9) um concursando encontrou com um mandado de segurança que tramita sob o número 0028609-79.2010.8.13.0074. Ele está exercendo o seu direito de recorrer ao judiciário, um dos apanágios do estado democrático de direito.
Segundo informações que circulam na Câmara, esse concursando pediu que o juiz determinasse a eliminação dos candidatos que pagaram os boletos após o dia 30 de agosto.
Os concursandos não devem se preocupar com isso. A justiça decidirá o que tiver que decidir. Isso não interferirá em nada no andamento do concurso.
O concurso chegou tarde
Muito antes de ser vereador eu já insistia para que a Câmara realizasse seu concurso. Um órgão que faz leis e que fiscaliza o executivo não pode dar o péssimo exemplo que tem dado: são 22 anos de atraso. A Câmara nunca fez concurso, embora ele seja obrigatório desde 1988.
Fiquei feliz quando o presidente da Câmara me apontou para ajudar na organização do concurso. Não achei que a tarefa seria fácil. Nunca tive a ilusão de que os beneficiados pela ilegalidade ficariam quietos. Mesmo assim, dediquei-me com gosto e energia.
Após um ano e meio de trabalho estamos chegando à etapa mais importante, que é a aplicação das provas. Nesse momento, mais do que nunca, encaro com tranquilidade a briga daqueles que ainda têm esperança de atrapalhar.
Não atrapalharão.
Um concurso como esse envolve centenas de pessoas na sua preparação. A Câmara fez tudo para que nada saia errado. No domingo será a vez dos candidatos fazerem a sua parte. Em primeiro lugar, e sempre, mantendo a tranquilidade. Com calma, a maioria dos problemas que surgem podem ser resolvidos sem prejuízo para ninguém.
Se você estudou, entre na sala, esqueça os fuxicos e faça a prova. Não deixe que alguma mente diabólica puxe seu tapete ou atrapalhe seu domingo.
Torcemos para que até o final do ano a Câmara tenha 13 novos nomeados em condições de iniciar uma nova era no Legislativo: a era dos servidores concursados.
Desejo a todos muito sucesso!
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