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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Urnas ensinam: política é lição de humildade

Mais uma vez as urnas ensinaram que política não se ganha de véspera. Algumas dessas lições podem ser dolorosas.

Em Minas, o candidato Hélio Costa confirmou sua fama de cavalo paraguaio: aquele que dispara na frente mas afrouxa no meio da corrida. Saiu com uma dianteira de 60 contra 15 e perdeu de 63 contra 34. Uma surra para nunca mais esquecer. Mais do que no candidato, essa lambada doeu no lombo do presidente Lula.

Em São Paulo Lula levou outra lambada. Apoiou dois candidatos ao Senado e queria ter certeza de que elegeria os dois. Elegeu apenas um deles. Mas o que mais lhe doeu foi ver Aloysio Nunes eleito em primeiro lugar. Mais do que isso: com a mais expressiva votação já dada a um senador: 11.189.168 votos. Bateu em quase um milhão de votos o recorde anterior, pertencente a seu xará Aloízio Mercadante.

A eleição de Beto Richa, do PSDB, para governador do Paraná foi outra cipoada que Lula sentiu no coração.

Mas o maior sofrimento de Lula está no adiamento da eleição do presidente da república. Lula queria, acreditava e lutou para que Dilma fosse eleita no primeiro turno. Com o crescimento assombroso de Marina e  a pequena recuparação de Serra, o país terá o segundo turno.

Lula já mudou seu discurso. Do saltitante "já ganhou" ele mesmo lembrou que nunca ganhou no primeiro turno.

Agora, a estocada final: Aloysio Nunes foi o único candidato do PSDB que usou FHC em sua campanha. Isso mostra que, ao contrário do que Lula acreditava, FHC ainda é uma força eleitoral significativa.

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