Enquanto em grande parte de Minas Gerais a dengue cresce e amplia o caos, em Bom Despacho acontece o contrário. Aqui, as notificações da doença estão diminuindo cada vez mais.
Reportagem publicada na semana anterior pelo jornal “Tudo”, de Belo Horizonte, informa que em algumas cidades mineiras o número de casos é tão grande que muitas pessoas cansam de esperar nas filas de atendimento da rede pública e vão embora. Isso aumenta o risco de complicações e mortes.
Em Bom Despacho a situação é outra. Enquanto na terceira semana de março/2013 houve 109 casos notificados, na última semana de abril esse número caiu para 22 notificações.
Uma situação muito diferente daquela encontrada na virada do ano, quando o resultado do LIRA mostrou Bom Despacho na pior situação em Minas Gerais.
Só este ano a dengue já matou mais de 50 pessoas em Minas, mas em Bom Despacho não houve nenhum óbito nem casos graves da doença. “O intenso combate ao pernilongo da dengue evitou uma tragédia na cidade”, lembra o secretário de Saúde, Sérgio Cabral.
Trabalho é o que não faltou. A Prefeitura começou o ano com 9 agentes da dengue. Hoje existem 51 agentes trabalhando exclusivamente no combate à doença. A fiscalização em casas e lotes foi intensificada. Profissionais da rede de saúde receberam treinamento intenso. A limpeza e capinação de lotes vagos também tem contribuído muito para a melhoria do cenário.
Mas o risco da dengue ainda continua, principalmente até o final de maio. Por isso é necessário que a população continue fazendo sua parte para acabar com o mosquito transmissor da doença.
Douglas: colaboração melhora resultados
Douglas Aparecido de Almeida, agente de Endemias, destacou a importância do apoio dos moradores.
“Nosso trabalho está apresentando bons resultados graças a colaboração dos moradores. As pessoas estão mais conscientes e nos ajudam na hora de fazermos a aplicação do inseticida”
Ana Paula: lugares de difícil acesso
A agente de Epidemias Ana Paula Cristina Teixeira também reconhece e valoriza o apoio dado pelos moradores. “A maioria faz questão de nos deixar entrar e até nos ajuda nos lugares de mais difícil acesso”, explica.
Alexandre: mosquito vem de cima
Mas ainda existem pessoas que ainda resistem em colaborar. É o que explica o agente de Epidemias Alexandre Rocha Silva: “a maioria aceita e ajuda, mas há alguns poucos que não querem a aplicação do inseticida dizendo que seu quintal está limpo”. O agente lembra que o mosquito da dengue “chega voando” e pode parar em qualquer quintal, “mesmo naqueles que estão limpos. Por isso o inseticida deve ser aplicado em todos”.
Marco Túlio: limpeza dos lotes
O coordenador de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Marco Túlio Alves Machado, lembrou que a limpeza dos lotes facilita o trabalho da equipe. “Antes não dava para entrar nos lotes com tanto mato e sujeira que havia”, afirma.
José Pereira: apoio à limpeza
José Pereira da Silva, 71 anos, morador do bairro de Fátima, elogiou o trabalho feito pela Prefeitura no combate à dengue. Ele apoia também a medida tomada pela administração municipal de multar e obrigar os proprietários a limparem seus lotes. “Tenho visto aqui no bairro vários moradores tendo a iniciativa de limpar seus imóveis e isso é muito bom pois ajuda no combate à dengue”, afirmou
Maria de Lourdes: sem dengue
Maria de Lourdes Santos, 68 anos, também mora no bairro de Fátima e acha muito bom o esforço da Prefeitura em combater a dengue. “Há três anos atrás eu tive dengue e passoi muito mal. Este ano não teve nenhum caso de dengue na nossa família”, explicou.
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