Desenhista (Antônio Osvaldo de Oliveira) era muito conhecido em Bom Despacho por dois motivos. Primeiro, porque era fanático por cinema. Depois, porque era um habilidoso desenhista (daí seu apelido).
No final dos anos 50, início dos sessenta, ele pegava pedaços de fita de cinema (pontas de filmes) e, com uma agulha, fazia desenhos animados. Para exibir as imagens, a meninada construía projetores com caixas velhas. As lentes de aumento eram lâmpadas que enchiam de água.
Foi assim que quase nasceu o Walt Disney bom-despachense.
Desenhista acabou virando pintor de placas, letreiros, e tudo mais que exigisse seu talento. Mas as tintas e solventes acabaram destruindo os rins do Desenhista. Aos 34 anos teve enfrentar a hemodiálise. Levou mais de uma década para receber um rim tranplantado.
Sobre suas venturas e desventuras, Desenhista escreveu o livro "Crônicas de um Renal Crônico". De quebra, narra importantes fatos relativos a Bom Despacho. Por exemplo, a fase de ascensão do Cine Regina, a história da Fábrica de Tecidos (CIAB), uma breve referência ao Cine Odeon.
Para quem se interessar, Desenhista ainda tem para vender alguns exemplares do seu livro.
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