Em Belo Horizonte, documentos e computadores foram retirados do gabinete do 1º Secretário Dilzon Melo, do PTB.
13/04/2011 10h33
PRISCILA COLEN
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Advogados, procuradores de municípios, agentes públicos e assessores parlamentares de prefeituras como Alfenas, Boa Esperança, Campanha, Campos Gerais, Coqueiral, Carmo do Paranaíba, Dores do Indaiá, Nepomuceno e Três Pontas foram presos na manhã desta quarta-feira (13) durante a operação Convite Certo, da Polícia Federal.
Em Belo Horizonte, o gabinete do 1º Secretário Dilzon Melo, do PTB, que fica na Assembleia Legislativa, teve documentos e computadores apreendidos pela operação, que realiza oito mandatos de prisão, dezenove mandatos de busca a apreensão e duas conduções coercitivas nas cidades mencionadas acima.
A operação visa reprimir uma organização criminosa focada na fraude em licitações para contratação de assessoria jurídica. A investigação surgiu como desdobramento da Operação Pasárgada. Durante a investigação, ficou claro para a PF que o grupo criminoso utilizava diversos interlocutores com o objetivo de fraudar os procedimentos licitatórios para se certificar da contratação de empresas que estavam vinculadas ao interesses desta organização criminosa.
A Operação apurou crimes de formação de quadrilha visando as fraudes licitatórias, além dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato e outros, como distribuição de propina, crime que, segundo informações da Polícia Federal, ocorreu.
Até o momento, foram apreendidos dinheiro em espécie em alguns locais de busca, além de farta documentação sobre o esquema criminoso. Os delegados Sarquis e Mário Veloso, da Polícia Federal, realizam entrevista coletiva às 15h para esclarecer para a imprensa detalhes sobre a investigação.
Histórico
A Procuradoria Regional Eleitoral em Minas Gerais (PRE/MG) representou contra o 1º Secretário Dilzon Melo no final do ano passado, por captação ilícita de sufrágio, o que é uma conduta ilegal.
Na prática, o que ele fez foi “utilizar a doação de brinquedos a crianças carentes do município de Boa Esperança como forma de propaganda eleitoral, angariando votos ilicitamente”.
Embora a distribuição de presentes tenha sido feita no Natal, acredita-se que a mesma tenha sido usada como argumento durante as últimas eleições legislativas.
Em outubro, a Justiça Eleitoral de Boa Esperança apreendeu um carro com alto-falantes que anunciava: “Qual é o deputado que sempre se lembra de nossas crianças, mesmo que seja com um simples brinquedo?”
Até novembro passado, o deputado corria o risco de ter o mandato e o registro cassados além de pagar uma multa no valor de R$ 1 mil a 50 mil.
Atualizada às 11h41
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