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terça-feira, 25 de maio de 2010

Maria Helena Mesquita Londe é processada quatro vezes por fraude em concurso

O Ministério Público ajuizou quatro ações contra Maria Helena Mesquita Londe, controladora interna do Município de Bom Despacho. Duas das ações tratam de improbidade administrativa. Uma refere-se a Bom Despacho, outra a Moema. Duas outras ações tratam de crimes praticados por organização criminosa.

A controladora interna deve zelar pela regularidade da contabilidade municipal e pela lisura das licitações. Maria Helena Mesquita Londe desempenha essa função a convite do prefeito Haroldo Queiroz.

No final do ano passado, durate a aplicação do PSS (Processo Seletivo Simplificado) ficou claro que alguma coisa não estava indo bem. As fraudes eram evidentes. O prefeito, entretanto, não tomou nenhuma medida para substituir a controladora.

O Ministério Público, porém, instaurou um ICP (Inquérito Civil Público) e apurou a existência de diversas crimes praticados por uma organização criminosa que atua em todo o Centro Oeste de Minas e também no Espírito Santo e Goiás. Maria Helena era a cabeça dessa organização criminosa. Do seu gabinete na Prefeitura Municipal de Bom Despacho ela comandava sua organização. Tal é a situação constata pelo ICP e agora levado à justiça.

Segundo apurou o MP, Maria Helena atuava em conluio com diversas empresas. Mas duas pertenciam a ela mesma. Uma, a COMAJ, com sede em Bom Despacho. A outra, AMN, com sede em Belo Horizonte. Mas a sede é fictícia. Trata-se, na realidade, de uma empresa fantasma. Seus funcinários, telefones, computadores e tudo mais, pertencem à própria COMAJ. Ou seja, AMN e COMAJ são a mesma empresa de fato.

Em dezembro passado, quando questionada a respeito das fraudes da AMN, Maria Helena, na qualidade de controladora interna, concluiu que o concurso foi legal.

Não admira: foi ela quem organizou a licitação; foi ela quem ganhou a licitação; foi ela quem aplicou as provas; foi ela quem ganhou o dinheiro dos concursandos; foi ela quem analisou a legalidade do processo. Admira que tenha concluído que estava tudo "legal"?

COMAJ, AMN, Maria Helena e diversos prefeitos respondem processos por crimes semelhantes em diversas cidades, como Pompéu, Araxá, Serra da Saudade, São Roque de Minas, Leandro Ferreira, Bambuí.

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