A garagem da prefeitura está repleta de caminhões, máquinas e carros sucateados. Estragam e ficam jogados por ali, enferrujando. Alguns são canabalizados para que suas peças sejam usados em outros. Mesmo entre os veículos que estão circulando, a maioria tem defeitos. São portas que não se abrem, rolamentos carcomidos, lâmpadas queimadas.
Como isso é possível?
Os motivos são vários. Em primeiro lugar, os muitos chefes que trabalham na garagem são incompetentes e desinteressados. Alguns vieram de fora, no velho esquema político do apadrinhamento. Um deles tem uma oficina. O interesse dele é trabalhar na oficina, não na garagem da prefeitura.
Outro motivo é o uso de peças usadas. Quanto os carros se estragam, muitas vezes as peças são substituídas por peças usadas, não por peças novas, como deveria acontecer.
Também não está afastado o desvio de peças para revenda no mercado clandestino.
Mas, os dois motivos mais importantes são: a) administração incompetentes; b) desvio de recusos para outras áreas.
Quanto à administração, a prefeitura não controla a quilometragem dos veículos, não controla o consumo, não controla os custos de oficina. Na maioria das vezes não sabe – ou faz de conta que não sabe – por onde os veículos estão circulando.
Quanto ao desvio de recursos, um exemplo é o carro novo de R$ 100 mil que o prefeito insiste em comprar. Enquanto faz esse gasto exorbitante para comprar seu brinquedinho, falta dinheiro para comprar até luz de teto de um veículo utilitário.
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