A planilha mostra, em primeiro lugar, que a empreiteira reduziu o valor da obra em R$ 3.701.310,35. Para isso eliminou produtos e serviços diversos. O ferro, por exemplo. O projeto previa a aplicação de 372.400 kg de vergalhão CA-50. Entretanto, a empreiteira reduziu para 48.460,70 kg. Com isso "economizou" R$ 1.855.557,39.
Com uma redução de 87% na quantidade e 89,3% no valor, a economia choca qualquer um. E, para não deixar por menos, a precisão da medida também impressiona: note que o peso do ferro foi calculado até a casa dos décimos!
Observe-se, ainda, que a construtora "não cobrou" nem pelo passeio nem pelo ladrilho hidráulico. Uma economia de mais R$ 440.800,00. O ladrilho nunca foi colocado. O passeio está lá (fora das especificações, mas está). O curioso é que a empresa não cobrou por ela. A Prefeitura diz que não foi ela quem fez. Então quem foi? Terá sido o "santanás" (como diz o prefeito Haroldo Queiroz)?
Para compensar a economia, novos elementos foram introduzidos. O concreto fck 20 substituiu o fck 15. Além de ser mais caro, foi superfaturado (de R$ 151,32 para R$ 330,77). Os demais itens são "novos". Não estavam previstos no projeto.
De qualquer sorte, comparando o que entrou (parte de baixo) e o que saiu (parte de cima),nota-se uma diferença de R$ 2.060.728,37. A pergunta é: para onde foi esse dinheiro?
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