Na canalização do Córrego dos Machados houve desvio de mais de um milhão de reais. O fato está demonstrado na planilha abaixo. Para ver em ponto maior, clique na imagem. Para entender o que aconteceu, leia abaixo.
Antes, durante e depois da execução da canalização o projeto sofreu diversas manipulações. Foram elas que permitiram o desvio de entre um e dois milhões de reais na canalização do Córrego dos Machados. A identificação e mensuração de algumas dessas manipulações exige perícia técnica no local. Outras, porém, podem ser identificadas com o simples exame dos documentos apresentados pela construtora e pela prefeitura.
Entenda a planilha
A parte superior indica os serviços exigidos pelo projeto. Para executá-los, a empreiteira pediu certo preço. Entretanto, declarou não tê-los executado e, por isso, não os cobrou. Isso significou um abatimento de R$ 3.470.910,00 no valor do serviço executado.
Portanto, se a previsão da obra era para custar R$ 5.464.111,24, então deveria ter custado R$ 1.993.201.24. Essa é a primeira parte da história.
Serviços não previstos
Ao mesmo tempo em deixou de executar serviços previstos equivalentes a R$ 3.470.910,00 a empreiteira declarou ter executado serviços não previstos. O valor desses serviços foi de R$ 1.640.581,98. Sua composição está demonstrada na segunda parte da planilha.
A diferença entre o feito a mais e o feito a menos
Se a empreiteira deixou de fazer serviços previstos que valiam R$ 3.470.910,80 e fez serviços imprevistos de R$ 1.640.581,98 então o saldo é um custo de R$ 1.830.328,81 a menos. Ou seja, a obra deveria ter custado R$ 3.633.782,42.
Mas não foi o que aconteceu.
A obra custou R$ 821.215,72 a menos. Portanto, R$ 1.009.113,10 saiu do cofre da prefeitura e foi para o bolso de alguém.
Essa é só metade da história
O desvio havia indicado mostra apenas parte do dinheiro desviado. Há muito mais, vindo do superfaturamento. Tratarei disso num próximo artigo.
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