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terça-feira, 13 de abril de 2010

Entra em vigor o novo código de ética médica

O novo código de ética médica nem é tão novo assim: a maior parte do que ele prescreve já faz parte dos princípios enunciados por Hipócrates, o pai da medicina. Outras prescrições já estavam no código anterior, de 1988. Mas os médicos continuavam descumprindo. Por exemplo, passar receitar com letra que nem quem escreveu entende.

Alguns pontos, porém, foram mais bem esclarecidos ou fixados. Isso poderá ser útil aos pacientes, às suas famílias e aos próprios médicos.

Pontos de destaque

- Se o médico faltar ao plantão, deverá ser punido. Mas caberá ao diretor técnico providenciar um substituto. Se não o fizer, ele também será responsabilizado pela ausência;
- Receita só com letra legível
- O paciente deve ser ouvido (parece tão óbvio!)
- Nenhum tramento pode ser feito sem o consentimento do paciente (exceto em situações de emergência);
- O paciente terminal tem direito a uma morte digna; sem dor mas não prolongada indefinidamente;
- Médico não pode mais participar de propaganda, não pode lucrar com a venda de medicamentos, não pode fornecer cartões de desconto;
- Caso o paciente queira ouvir uma segunda opinião, seu médico deve colaborar e fornecer as informações pedidas;
- O paciente tem o direito de conhecer o seu prontuário médico;
- O código se aplica também a médicos que desempenham funções administrativa.

A entrada em vigor desse novo código de ética deve trazer muitos benefícios para Bom Despacho. Especialmente no que diz respeito ao plantão médico, sempre problemático.

2 comentários:

giovano disse...

Prezado vereador,


Os pontos em destaque não são novidades - exceção feita ao conceito explícito de ortotanásia. Eles já existiam no código anterior. Francamente, não penso que esse novo código tenha o poder de melhorar a medicina em Bom Despacho e nem no Brasil. Terá servido como pretexto para o turismo dos conselheiros do CFM durantes meses e meses. Se alguém acredita (penso que ninguém o faça) nas boas intenções do CFM, basta ver a proposta de lei do chamado "ato médico". Nela explicita-se o verdadeiro caráter desse pessoal.

Fernando Cabral desmente... disse...

Concordo integralmente. Entretanto, a publicação de um "novo" código de ética enseja a disseminação do conhecimento entre os cidadãos. Isso, por si só, deve representar um pequeno aumento no nível de exigência e – com sorte – uma diminuição do descalabro, ínfima que seja.

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