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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CNJ: 861 juízes são investigados

A corrupção no Brasil tem vários sustentáculos. Dois deles estão ancorados na própria justiça: um é a lentidão; outro é a corrupção de juízes.

Os números divulados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) tendem a confirmar esse diagnóstico. Entre os 861 inquéritos contra juízes que o órgão divulgou, as razões predominantes das representações são a morosidade e o excesso de prazo (clique aqui para ver a lista)

A morosidade e o excesso de prazo são irmãos gêmeos que atuam favorecendo  bandidos e prejudicando a sociedade. Veja-se, por exemplo, o caso de Paulo Maluf, o corrupto mais famoso do Brasil: seus processos levam décadas. Algumas vezes, muitas décadas. Tantas que a maioria dos seus crimes vem prescrevendo.

Em Bom Despacho não é diferente. As ações contra Haroldo Queiroz e seus secretários se arrastam há anos. Alguns processos, de tão lento, parecem andar para trás.

Essa lentidão sempre permite aos corruptos continuarem se reelegendo, mesmo que contra eles exista uma carrada de processos. Tanto que nas casas legislativas do Brasil, desde as Câmaras Municipais até o Congresso Nacional, de 20% a 70% dos legisladores respondem a um ou mais processos por ilícitos contra a administração pública.

A morosidade e o excesso de prazo, porém, não ocorrem ao acaso.Os processos contra políticos são notoriamente mais lentos do que os demais. Coincidência?

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