Estupro no BBB 12?

O estupro costuma ser um crime clandestino. Isso é, normalmente não deixa testemunhas. Nesses casos, a condenação depende do depoimento da vítima e algumas evidências que costumam ser coletadas. Por exemplo, o DNA do criminoso.

Se fosse verdade o que está nas redes sociais, teríamos um caso de estupro inusitado: a vítima não saberia que foi estuprada, mas, em compensação, haveria milhões de testemunhas. Essa, pelo menos, é a impressão que dá quando se ouve falar sobre o caso acontecido na madrugada do dia 15/1, na 12ª edição do Big Brother Brasil, o circo que a Rede Globo monta em todo início de ano.

Pedro Bial, administrador do circo BBB

Segundo narrativas dos telespectadores, Monique, uma das internas da casa, se apagou após uma bebedeira. Daniel, seu colega de circo, teria se aproveitado disso para fornicar com ela, que permaneceu inconsciente durante todo o tempo.

Isso não é estupro

Monique: a suposta vítima

Se as coisas aconteceram desse jeito, o que se pode dizer é que não houve estupro. Só existe estupro quando há violência ou grave ameaça, o que não aconteceu.

Entretanto, pode ter havido o crime de violação sexual mediante fraude ou outro meio, já que a vítima não podia manifestar sua vontade. Nesse caso estaria caracterizada a violação, mas não o estupro.

Mas, considerando as regras que a Rede Globo criou para o seu circo televisivo, será que é possível mesmo falar em crime? Esse tipo de acontecimento não está dentro das regras do jogo?

Essa é uma discussão que tem que ser resolvida antes de se decidir se houve ou não crime.

 Expulsão de Daniel

Daniel: acusado de abuso sexual

Notícias que circulam na Internet dão conta de que na noite de ontem (16/1), Daniel foi expulso do BBB-12.