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sábado, 5 de maio de 2012

Polícia Federal intima prefeito Haroldo Queiroz

PF INTIMA HAROLDO A ENTREGAR DOCUMENTOS
            Três semanas atrás dois agentes da Polícia Federal foram à prefeitura. Seu objetivo era intimar pessoalmente o prefeito Haroldo Queiroz para que entregasse certos documentos necessários à apuração das fraudes havidas na canalização da Avenida Dr. Roberto.
            Ao saber da presença dos agentes federais, Haroldo Queiroz fez o que está acostumado a fazer nessas ocasiões: correu, se escondeu, e mandou dizer que não estava.
            Não deu certo.
            Os policiais federais tiveram uma curta conversa com o porta-voz que tentava passar a mentira do prefeito. Não é que ele apareceu em poucos minutos?
            O que será que os policiais disseram? Uma conversa dessas vale ouro.
Na CPI do mensalinho Haroldo Queiroz passou meses correndo, se escondendo e dizendo que não estava. Havia semanas em que era preciso botar três ou quatro campeando o prefeito. Era um na casa dele, outro na porta da frente da prefeitura, outro na porta de trás, mais um na porta da garagem... Mesmo assim ele sumia.
O mesmo acontece quando o prefeito é procurado por oficiais de justiça.  É só um deles se aproximar da prefeitura e o prefeito some rapidinho. Desaparece no ar. Ninguém sabe para onde ele foi.
É por isso que nós precisamos descobrir quais foram e aprender a usar aquelas palavras mágicas que os agentes da Polícia Federal usaram para fazer o prefeito reaparecer rapidinho, rapidinho.
Antecedentes
            A intimação entregue ao prefeito faz parte do inquérito em que a Polícia Federal investiga a ocorrência de diversos crimes na licitação e construção do canal da Avenida Dr. Roberto. Os principais são a fraude em licitação e o superfaturamento.
            Segundo uma comissão da CODEVASF apurou com base em nossas denúncias, o desvio de dinheiro nessa obra chegou a R$ 3.791.379,92. A comissão apurou, também, que o prefeito autorizou o pagamento indevido de R$ 2.079.417,19 à empresa Valadares Gontijo.
            É dos documentos relativos a essa obra que tratava a intimação da Polícia Federal.

4 comentários:

Clenio Araujo disse...

Só não entendi uma coisa: por que isso foi divulgado tanto tempo depois? Era segredo de Estado?

Anônimo disse...

Clênio,
Em primeiro lugar, não é segredo de Estado, mas a Polícia Federal não costuma (nem pode) sair por aí divulgando que intimou ou vai intimar alguém. Além disso, há casos em que o assunto é tratado com a máxima discrição e até com sigilo.

Segundo: o jornalista divulga as notícias quando toma conhecimento dos fatos, não necessariamente quando acontecem os fatos.

Terceiro: notícias como essa são produto de investigação jornalística, não da boa vontade dos intimados.

Você não acha o Haroldo e seus cachorrinhos amestrados saíram por aí divulgando o fato?

Por isso, minha pergunta é quase oposta à sua: como o Fernando Cabral consegue descobrir todas essas coisas que o Haroldo e seus asseclas fazem tanto esforço para ocultar?

Clenio Araujo disse...

Caro anônimo

Entendo o trabalho jornalístico, claro (aliás, sou jornalista).

Minha pergunta não é questionando os métodos de ninguém. Apenas fiquei curioso. Entre o fato e a divulgação dele (três semanas), há muito tempo. Tempo em que outras coisas - tb importantes neste caso que já vai pra um ano agora em junho - muito provavelmente aconteceram. Fica pra mim, portanto, um certo descompasso.

Sobre o Fernando saber e divulgar determinadas coisas, vai do empenho e do interesse dele. Simples assim.

Um abraço

Anônimo disse...

NÃO SÓ DO EMPENHO E DO INTERESSE DELE, MAS SIM DO INTERESSE DA POPULAÇÃO E DA CIDADE.MAS INFELIZMENTE NÃO VAI DAR EM NADA, PODE CRER.

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