Matéria publicada no jornal Valor Econômico do dia 21/05/2012
A liberação de cerca de
R$ 3 bilhões para incorporadoras imobiliárias pelo Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) envolveu um esquema irregular que teria
beneficiado funcionários da Caixa Econômica Federal e conselheiros do
fundo, apontou investigação da Controladoria Geral da União (CGU). Para a
CGU, ficou caracterizada uma "situação de conflito de interesses na
gestão dos recursos públicos e privados".
Relatórios da CGU aos quais o Valor teve acesso indicam que Marcelita Marques Marinho, funcionária da Caixa, Celso Petrucci, integrante do conselho curador do FGTS, e André Luiz de Souza, integrante do Grupo de Apoio Permanente (GAP) do conselho curador do FGTS e do comitê de investimento do FI-FGTS, eram sócios ou dirigentes da Sscore, empresa que prestou serviços para seis das sete emissões de debêntures de incorporadoras compradas pelo FGTS entre 2009 e 2010. Ao todo, o FGTS comprou papéis de 13 empresas.
A Caixa é responsável pela operação do FGTS, decidindo quais são as
aplicações do fundo. O conselho curador é a instância do FGTS que decide
as principais linhas de investimento, entre elas, a aplicação de
recursos em debêntures e em fundos de investimento. É presidido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego e composto por entidades
representativas dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.
A conclusão da auditoria é que, de um lado, essas três pessoas podem ter exercido influência no processo de decisão de investimento do FGTS, enquanto, de outro lado, teriam recebido parte do dinheiro liberado pelo fundo como pagamento por serviços privados prestados.
Uma das figuras centrais da auditoria da CGU é André Luiz de Souza. Integrante do conselho curador do FGTS pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) até 2007, Souza é sócio de sete empresas de consultoria imobiliária que, segundo a CGU, são "parceiras" da Caixa, entre elas a Sscore, a Contrathos e a Arche. Após renunciar ao conselho curador, Souza permaneceu como membro do comitê de investimentos do FI-FGTS, fundo que aplica recursos do FGTS em ações e papéis de dívida da empresas de projetos infraestrutura. Mesmo tendo mudado de função, Souza continuou tendo participação ativa nas reuniões do conselho curador, segundo os relatórios da CGU.
A CGU afirma que Marcelita Marques Marinho foi durante oito meses superintendente nacional de risco de crédito da Caixa e sócia da Sscore, até se aposentar do banco. Dona de outra consultoria, a MMM & Associados, Marcelita tinha como sócias três funcionárias da área de risco da Caixa.
Relatórios da CGU aos quais o Valor teve acesso indicam que Marcelita Marques Marinho, funcionária da Caixa, Celso Petrucci, integrante do conselho curador do FGTS, e André Luiz de Souza, integrante do Grupo de Apoio Permanente (GAP) do conselho curador do FGTS e do comitê de investimento do FI-FGTS, eram sócios ou dirigentes da Sscore, empresa que prestou serviços para seis das sete emissões de debêntures de incorporadoras compradas pelo FGTS entre 2009 e 2010. Ao todo, o FGTS comprou papéis de 13 empresas.
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A conclusão da auditoria é que, de um lado, essas três pessoas podem ter exercido influência no processo de decisão de investimento do FGTS, enquanto, de outro lado, teriam recebido parte do dinheiro liberado pelo fundo como pagamento por serviços privados prestados.
Uma das figuras centrais da auditoria da CGU é André Luiz de Souza. Integrante do conselho curador do FGTS pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) até 2007, Souza é sócio de sete empresas de consultoria imobiliária que, segundo a CGU, são "parceiras" da Caixa, entre elas a Sscore, a Contrathos e a Arche. Após renunciar ao conselho curador, Souza permaneceu como membro do comitê de investimentos do FI-FGTS, fundo que aplica recursos do FGTS em ações e papéis de dívida da empresas de projetos infraestrutura. Mesmo tendo mudado de função, Souza continuou tendo participação ativa nas reuniões do conselho curador, segundo os relatórios da CGU.
A CGU afirma que Marcelita Marques Marinho foi durante oito meses superintendente nacional de risco de crédito da Caixa e sócia da Sscore, até se aposentar do banco. Dona de outra consultoria, a MMM & Associados, Marcelita tinha como sócias três funcionárias da área de risco da Caixa.
2 comentários:
Olá Fernando.
Difícil né eu vir aqui e querer que você compreenda o que vou falar, mas vou falar assim mesmo.
conheço muito bem a Marcelita, tenho certeza que ela jamais faria o que a matéria esta afirmando. nunca em toda minha vida encontrei uma pessoa tao honesta e trabalhadeira, infelizmente ou talves por gostar tanto de trabalhar ela esteja passando por tudo isto, não sei pode ser por outro motivo. a unica coisa que sei e que se vc for atras das pessoas que conhece ela a muito tempo, vai entender o que estou falando. sem contar que ela neste momento deve esta sofrendo muito mas muito mesmo, com tanta calunia, primeiro que essa reporte de nada, afirma coisas que nem existe, acho que antes dos repórteres informar algo sobre uma pessoa deveria ter pelo menos a dignidade de procurar a pessoa para esclarecimento, pois quando eles querem achar alguém eles acham, agora colocar na matéria que não encontrou a marcelita pra explicações a por favor ai e demais.
Olha, o que a notícia afirma é que uma investigação da CGU aponta Marcelita Marques Marinho como sócia e dirigente da empresa Sscore, ao mesmo tempo em que era servidora da Caixa e desempenha importantes funções na gestão do FGTS. Se ela não é assim, é fácil: é só desmentir o relatório da CGU e, ao mesmo tempo, demonstrar que ela não era sócia nem aconteceram as operações que a CGU diz terem acontecido.
Nós temos que parar com essa mania de acusar a imprensa quando ela não tem nada a ver com a história. Se há erro aí, é da CGU.
Mas será que tem mesmo?
Não sei se Marcelita é culpada ou não. Não sei quem é e não tenho a menor ideia sobre a honestidade dela. Mas uma coisa é certa: todo bandido de colarinho branco aparenta vida ilibada até o dia em que é apanhado.
Sempre foi assim, continuará sempre sendo assim.
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